É importante votar! – Vídeo do MCCE sobre a importância do voto

O Movimento de Combate à Corrupção (MCCE) inicia a publicação de vídeos de orientação para as eleições municipais 2016 em seu canal no portal YouTube.

Na primeira publicação, o codiretor do Movimento, Luciano Santos, fala sobre a importância do voto para a democracia brasileira e da responsabilidade de se escolher bem os candidatos. Para Santos, “é importante votar, exercer o papel como cidadão e também, depois da escolha, acompanhar e fiscalizar este candidato”.

Seguindo seus três eixos de atuação, o MCCE evidencia, sobretudo em anos eleitorais, as práticas da fiscalização, educação e monitoramento, exercendo assim, o cumprimento das leis 9840/99 (Lei Contra a Compra de Votos) e 135/10 (Lei da Ficha Limpa), além de divulgar a produção de material referente ao acompanhamento cidadão no processo eleitoral e incentivar a supervisão das ações dos eleitos.

Assista e divulgue o vídeo “É importante votar“.

Fonte: Ascom-MCCE

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A impunidade é a causa da corrupção ser tão vantajosa para quem a pratica

A prisão de alguns dos condenados do mensalão, em 2013, não foi suficiente para o brasileiro acreditar que é possível coibir a corrupção. Um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas feito em 158 cidades brasileiras, e cujos resultados foram publicados na Gazeta do Povo de 31 de dezembro, mostra que, para 65,1% dos entrevistados, as condenações não são capazes de reduzir a frequência dos crimes de corrupção. Um outro dado da pesquisa dá pistas sobre qual seria, no entendimento da população, o caminho ideal para combater a corrupção: 61,2% deles consideraram leves as penas a que foram condenados os envolvidos no escândalo.

Muito embora a percepção dos brasileiros seja de que as punições foram brandas é preciso ressaltar que houve condenações bem severas, como as de Marcos Valério (40 anos), Ramon Hollerbach (29 anos) e Cristiano Paz (quase 26 anos). No entanto, os condenados mais célebres, como os petistas José Genoíno, José Dirceu e Delúbio Soares, tiveram punições menores, que podem vir a serem cumpridas no regime semiaberto. São situações como a dos ex-membros da cúpula petista, além da aceitação dos embargos infringentes (que, se julgados procedentes, poderão reduzir algumas penas) que alimentam a sensação de protelação e impunidade.

Há uma demanda popular por penas mais pesadas para o crime de corrupção. É compreensível que a população esteja descrente e queira penas mais severas para os casos dos chamados crimes do colarinho-branco. Não foram poucos, inclusive, os que apontaram o fato de os operadores do mensalão terem recebido penas muito maiores que os idealizadores e principais beneficiários do esquema, o que aumenta a sensação de que os peixes grandes, mesmo quando acabam presos, ainda recebem certos privilégios. A corrupção é um crime gravíssimo: é a apropriação indevida de recursos públicos que, de outra maneira, estariam sendo usados em serviços e benfeitorias que ajudariam muitos brasileiros.

No entanto, é ilusório acreditar que o simples aumento da pena inibirá os corruptos. Em 1764, o italiano Cesare Beccaria publicou um clássico do Direito Dos delitos e das penas em que já dizia: A perspectiva de um castigo moderado, mas inevitável, causará sempre uma impressão mais forte do que o vago temor de um suplício terrível, em relação ao qual se apresenta alguma esperança de impunidade. Ou seja, o que inibe o crime não é tanto a severidade da pena, mas a certeza da punição.

O que vale para a corrupção também se aplica aos demais crimes. A série Crime sem Castigo, publicada pela Gazeta do Povo no ano passado, mostrava como uma pequena fração dos homicídios cometidos em Curitiba culminava com a condenação e a prisão dos seus autores. O homicídio é um crime punível com duras penas. Porém, se a chance de o homicida ser descoberto é ínfima, de nada adianta a pena ser severa. Para que seja inibida a conduta ilícita, é preciso que a punição seja uma consequência provável para o agente que comete o crime.

Não queremos dizer com isso que as alternativas (punição e aumento de pena) são excludentes. Nada impede que as penas para crimes de corrupção sejam aumentadas. No entanto, sem meios de combater a impunidade que caracteriza os escândalos de corrupção, qualquer elevação de pena será inócua. Impunidade, aliás, que se mostra não apenas no âmbito investigativo/judicial, mas também no eleitoral. Pouco tempo atrás, lembramos, neste mesmo espaço, que um dos mistérios da vida política brasileira é o fato de corruptos seguirem sendo eleitos e reeleitos, eleição após eleição, o que envia a esses políticos o recado de que o crime realmente compensa. Se a perspectiva de uma temporada na prisão ainda parece distante para os corruptos detentores de cargos eletivos, que ao menos a perspectiva da derrota nas urnas possa coibi-los. Mas, para isso, é preciso que os eleitores mostrem que seu compromisso com a ética está presente não apenas na hora de reclamar, mas também na hora de votar.

Fonte: Gazeta do Povo

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Pre-para

Por Olivia Nachle*

2014 começou. O ano vai ser agitado, já tá preparado, né? Talvez você tenha visto esse calendário brasileiro do ano rolando pela internet. Carnaval em março, deixando o clima de verão mais prolongado, abril já conhecido pelos seus incríveis feriados, outros 3 meses dedicados exclusivamente à Copa do Mundo (e há promessa de grandes manifestações nesse período), 2 meses úteis pra trabalhar direitinho, as eleições grandes em outubro, mais um mês de trabalho e dezembro, trazendo as queridas férias. Vai passar feito um sopro. Quando você mal perceber já vai estar gritando gol e pintando a cara de verde e amarelo (ou indo pra rua mostrar tua indignação com toda essa palhaçada) e já vai ter que começar a pensar bem em quem vai eleger. Na real, a hora de começar a pensar nisso é agora, no começo do ano.

É bom ficar antenado. Você sabe a importância de votar certo, né? É você, querido cidadão, que elege aquele bando de gente que fica em Brasília decidindo as leis e políticas públicas que vão, sim senhor, afetar diretamente a sua vida. Então, a hora é agora. E, honestamente? Não adianta mesmo só ficar vendo televisão pra decidir. Vai atrás. Olha os planos de governo que os candidatos a Governador e Presidente são obrigados a apresentar, veja bem o que eles propõem, as metas que eles querem alcançar, a forma como eles pretendem chegar nelas. Esse documento, além de obrigatório, tem que se alinhar com o Plano Plurianual, que os eleitos formulam no primeiro ano de governo e que é o principal desenho das diretrizes, objetivos e metas que vão ser realizados. Qualquer ação que venha a ser feita, tem que estar lá.

Pros cargos de legislativo – deputado estadual, federal e senador- dá uma pesquisada no histórico de cada um, no que eles defendem. Não esquece que todos os projetos de lei passam por eles e que cada voto ali no Congresso é importante. Veja bem o partido em que eles estão – não, partido não é tudo igual e as prioridades de cada um estão bem definidas. O voto deles, salvo raras exceções, vai diretamente de acordo com o que o partido determina. Geralmente, são esses os cargos que abrem espaço pra personificação da política. Já ouviu falar nesse termo? É aquela velha história que rola quando a sociedade elege mulheres melão ou Tiriricas da vida. O voto não foi político. Foi pela imagem conhecida daquela pessoa. E isso é grave, bem grave.

No cenário nacional, você vai ter que votar pra Presidente. Se tudo se manter como terminou no ano passado, os principais candidatos vão ser a Dilma, do PT, brigando pela sua reeleição; o Aécio Neves, vindo com tudo na oposição pelo PSDB e a dupla dinâmica Eduardo Campos e Marina Silva (que aos 47 do segundo tempo se uniu ao candidato do PSB por não ter conseguindo criar o seu partido, o Rede Sustentabilidade). A atual presidenta terminou 2013 com 43% da população considerando seu governo ótimo ou bom, 35% regular e 20% ruim ou péssimo. As pesquisas do IBOPE realizadas apontavam sua reeleição ainda no primeiro turno, com 47% das intenções de voto contra 19% no Aécio e 16% no Eduardo Campos. Mas quando a campanha política começar, tudo deve mudar. Mas o recado já tá dado: o Brasil vai estar efervescendo ao longo desse 2014 recém-começado. Muita coisa vai rolar, muita bomba vai explodir. Não vai só pelo que sair no jornal. Fica atrás e veja como seus candidatos se portam ao longo do ano. Pode parecer balela, mas não é: seu voto é fundamental.

*Olivia Nachle é formada em Jornalismo e em Gestão de Políticas Públicas. Mais do que isso, tem o coração livre e é uma curiosa. Fascinada pela natureza e pelo ser humano, está sempre futricando lugares especiais e pessoas que levam a vida além do convencional e, de forma ou outra, deixam pegadas bonitas no mundo. E-mail: olivia@noo.com.br

Artigo publicado originalmente em Noo: http://noo.com.br/pre-para/

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Em 2014, ‘vem pra rua você também’

A repórter Andréia Sadi revelou que o presidente do Senado, doutor Renan Calheiros, preocupado com sua cabeça, requisitou um jato da FAB para voar de Brasília a Recife, onde fez um implante de dez mil fios de cabelo. Quem nestas Festas viajou com seu dinheiro deve perceber que esse tipo de coisa só acabará pela associação dos direitos de voto e de manifestação em torno de políticas públicas. Só com o voto isso não muda. Pelo voto, Renan começou sua carreira política em 1978, elegendo-se deputado estadual pelo PMDB de Alagoas.

Renan Calheiros é um grão-mestre da costura política. Foi líder do governo de Fernando Collor de Mello e ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso. Desde 2003 é um pilar da coligação petista no Congresso. Pertence a uma categoria imune à vontade popular. Ela pode ir para onde quiser, mas ele continuará no poder, à sua maneira. Como ministro da Justiça do tucanato, tendo seu nome exposto na Pasta Rosa dos amigos do falecido Banco Econômico, defendeu o uso do Exército para reprimir saques de famintos durante a seca de 1998. Politico da Zona da Mata alagoana, estava careca de saber que tropa não é remédio para esse tipo de situação. Nessa época, dois de seus irmãos foram acusados de terem mandado chicotear um lavrador acusado de roubar um aparelho de TV numa fazenda. Um desses irmãos elegeu-se deputado federal. Entre 1998 e 2006 teve uma variação patrimonial de 4.260%, amealhando R$ 4 milhões.

Renan teve uma filha fora do matrimônio quando ganhava R$ 12.720. A mãe da criança era ajudada por uma empreiteira amiga que lhe dava uma mesada de R$ 16.500. Por causa desse escândalo, por pouco não foi cassado, mas renunciou à presidência do Senado. Reelegeu-se e voltou à cadeira que já foi de Rui Barbosa prometendo uma agenda ética, de “transparência absoluta”. Contudo, como diz o senador Edson Lobão Filho, filho e suplente do senador Edson Lobão, ministro de Minas e Energia, “a ética é uma coisa muito subjetiva, muito abstrata”. Nesse mundo de abstrações, Renan, vendo a despensa de sua casa concretamente desabastecida, mandou abrir um pregão de R$ 98 mil para a compra de salmão, queijos, filé mignon, bacalhau e frutas. Apanhado, cancelou a compra.

Renan não é um ponto fora da curva. Ele é a própria curva. Em 2005, como presidente da Casa, deu sete cargos de R$ 10 mil a cada colega. Seu mordomo ganha R$ 18 mil. Em julho, quando ainda havia povo na rua, usou um jatinho da FAB para ir a um casamento em Trancoso. Apanhado, devolveu o dinheiro. Passados cinco meses fez o voo do implante.

Estabeleceu-se uma saudável relação de causa e efeito entre esse tipo de comensal da Viúva e a opinião pública. Eles não se corrigem, mas, uma vez denunciados, recuam. São muitos os maganos que não toleram saguão de aeroporto, despensa vazia e parente desempregado. Nessas práticas, é fácil colocá-los debaixo da luz do sol. Quando se trata da convênios, contratos de empreiteiras e grandes negócios, a conversa é outra.

Em 2014 a turma que paga as contas irá as urnas. Elas poderão ser um bom corretivo, mas a experiência deste ano que está acabando mostra que surgiu outra forma de expressão, mais direta: “Vem pra rua você também.”

Fonte: O Globo Opinião por Elio Gaspari – Originalmente publicado em: http://oglobo.globo.com/opiniao/em-2014-vem-pra-rua-voce-tambem-11146094#ixzz2oaD6ePyE

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Senado restringe voto aberto no Poder Legislativo

Os senadores aprovaram nesta terça-feira, 26, por 58 votos a quatro, a Proposta de Emenda à Constituição 43/13, que estabelece o voto aberto no Poder Legislativo. Apesar de o texto estabelecer a publicidade em todas as votações, o Senado restringiu essas possibilidades. Dois destaques foram aprovados e um rejeitado, modificado o conteúdo do texto aprovado em primeiro turno. Desta forma, ainda não ficou decidido se a PEC segue para promulgação do Congresso ou se volta a tramitar na Câmara.

A principal modificação aprovada por parte dos parlamentares era acabar com a proibição do voto secreto no Congresso. Como o texto já prevê a publicidade em processos de cassação de parlamentar, em vetos e autoridades, restam modalidades como a eleição para as mesas diretoras. No entanto, para senadores favoráveis à PEC, com a aprovação da emenda, abre-se espaço para as outras hipóteses sejam tornadas secretas caso o regimento interno de cada casa estabelecer. Também acaba com o “efeito cascata”, já que as assembleias legislativas e câmaras municipais eram obrigadas a ter a mesma postura.

Outra mudança aprovada pelos senadores em segundo turno foi acabar com a possibilidade de votações de autoridades sejam abertas. A Constituição Federal prevê o segredo atualmente nos casos de cassação de mandato, análise de autoridades e de vetos. Já a forma de votação nas eleições das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado e das comissões permanentes estão previstas nos regimentos internos.

Com essas duas modificações, Renan, após a aprovação da redação final, disse que vai conversar com as mesas diretoras da Câmara e do Senado para saber o que fazer. “Vamos propor a promulgação dos textos aprovados em primeiro e segundo turno na Câmara e no Senado”, adiantou. Ou seja, pela sugestão de Renan, seriam promulgados neste momento o fim do segredo nos processos de cassação e nos vetos presidenciais.

“Teremos uma vitória parcial. Estaremos aprovando o voto aberto pra cassação de parlamentares e de vetos presidenciais. Podemos avançar mais”, afirmou o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) após a votação. “É muito importante que votemos aberto para tudo. Precisamos ouvir a voz rouca das ruas”, completou o senador João Capiberibe (PSB-AP). “Persigo essa noite histórica há 30 anos”, comentou Paulo Paim (PT-RS), autor da PEC.

O lider do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), defende apenas a abertura dos votos nos processos de cassação. Para ele, o Parlamento não pode ficar sujeito à pressão do Executivo e à “politicagem” de integrantes do Judiciário. Quando colegas tentaram abrir em plenário uma faixa que tinha “voto aberto” escrito, ele gritou: “Demagogos! Respeitem os seus colegas! Isso é só para aparecer na televisão”.

Questão de ordem

Rollemberg segurou a votação por aproximadamente duas horas com uma manobra regimental. Ele apresentou uma questão de ordem para que os destaques apresentados por Romero Jucá (PMBD-RR) não fossem analisados. Para ele, “se a PEC pretende vedar o voto secreto, qualquer emenda ou destaque em sentido contrário, ou seja, que mantenha alguma votação secreta, não pode ser admitido”.

Como as emendas haviam sido rejeitadas pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Jucá apresentou um requerimento para elas serem analisadas. Uma das sugestões pedia para ser votado em separado o voto aberto em vetos presidenciais no Congresso, o outro na análise de autoridades pelo Senado. No entanto, a principal deles pedia para retirar do texto da os artigos que proíbem o voto secreto nas deliberações do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e que estende a proibição às assembleias legislativas dos Estados, à Câmara Legislativa do Distrito Federal e às câmaras municipais.

Fonte: Mario Coelho/Congresso em Foco

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Apenas 35 dos 513 deputados foram eleitos com os próprios votos

Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) indica que, segundo o resultado preliminar das eleições, apenas 35 dos 513 deputados federais eleitos alcançaram individualmente o quociente eleitoral nos seus estados. Em 2006, 32 foram eleitos ou reeleitos com os seus próprios votos, sem precisar dos votos das suas coligações.

Entenda o cálculo feito para eleger um deputado.

Bahia, Pernambuco e Minas Gerais elegeram cinco parlamentares cada nessa situação. Ceará, Goiás, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo têm dois eleitos cada. Acre, Distrito Federal, Piauí, Paraná, Rondônia e Roraima contam com um representante cada.

Considerando os partidos, PT e PMDB elegeram sete cada; PSB, cinco; PR, quatro; PSDB, DEM e PP, dois; e PTB, PPS, PDT, PSC, PSol e PCdoB, um.

Casos excepcionais

O humorista Tiririca, que conquistou 1,3 milhão de votos pelo Partido da República em São Paulo, teve votos suficientes para ajudar a eleger mais 3,5 deputados de sua coligação.

Por outro lado, deputados com votação expressiva não foram eleitos. No Rio Grande do Sul, a deputada Luciana Genro (Psol) não conseguiu ser reeleita, apesar de ter recebido 129 mil votos – a deputada não eleita mais votada do Brasil.

Para o líder do Psol na Câmara, deputado Ivan Valente (SP), o sistema atual cria distorções “monstruosas” quando se trata de coligações partidárias, porque nem sempre o candidato “puxado” segue a mesma ideologia do mais votado.

Fonte: Agência Câmara Notícias

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Senado decide o fim do voto secreto hoje

Está prevista para esta quarta-feira, 20, no Senado, a votação final da Proposta de Emenda à Constituição do Voto Aberto, a PEC 43/2013. A emenda propõe sejam extintas as votações secretas em todas as decisões do Senado, Câmara dos Deputados, Assembleias Estaduais e Câmaras Municipais.

Na semana passada o texto foi aprovado pelos senadores em primeiro turno com 54 votos a favor, 10 contra e uma abstenção.

Veja os votos dos senadores na votação em primeiro turno aqui.

O fim do secreto parlamentar no poder legislativo das três esferas de governo, nas sessões ordinárias e extraordinárias, inclusive para cassação de mandato foi uma das propostas mais votadas, e defendidas pela ABRACCI – Associação Brasileira de Combate à Corrupção e a Impunidade – na Consocial – Conferência Nacional de Transparência e Controle Social.

A expectativa é para que na votação decisiva seja mantido o voto aberto amplo e irrestrito, não fazendo diferenciação se a matéria envolve autoridades ou temas polêmicos.

Apesar de ainda não ser consenso entre os senadores, mesmo em tempos em que a transparência é premissa exigida pela população, algumas Câmara Municipais já aderiram ao Voto Aberto. É o caso de Ribeirão Bonito, onde desde 2003 todas as votações do legislativo são abertas. De acordo com o diretor da Amarribo Brasil, Sérgio Ronco, o fato ocorreu durante a cassação de um vereador. “Foi por pura pressão popular e também pela mobilização que a Amarribo fez”, contou. Desde então o voto deixou de ser secreto para todas as matérias, com exceção ao título de cidadania.

Segundo Ronco, a transparência não tem sido um problema para os vereadores de Ribeirão Bonito. “Os vereadores não sofrem retaliação por parte do Executivo que passou a respeitar a opinião e o voto de cada parlamentar”, disse. Além de Ribeirão Bonito, outras cidades como Porto Velho (RO), Patos (PB) também adotaram o voto aberto.

O fim do voto secreto possibilitará que os eleitores saibam como votam seus candidatos. Certamente, a votação às claras poderá evitar casos como o da absolvição do deputado federal Natan Donadon pelo processo de cassação de mandato – condenado Supremo Tribunal Federal –, uma vez que os votantes estarão expostos aos olhos atentos do povo.

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Donadon e a Covardia da Câmara

No dia 28 de agosto de 2013 assistimos mais um ato vergonhoso da Câmara Federal ao decidir pela não cassação do mandato do deputado Natan Donadon. O mesmo foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a pena de 13 anos e 4 meses por crime de peculato e formação de quadrilha, pelo desvio de 8,4 milhões de reais da Assembleia Legislativa de Rondônia.

Mais uma vez os Deputados se escondem atrás do voto secreto para salvar um colega que desviou dinheiro público. Mesmo preso e afastado da sua função, pleiteia continuar representando os eleitores no Congresso, recebendo seus honorários e outros privilégios do cargo. Essa situação reforça a percepção popular de que o Congresso Nacional é um santuário para criminosos.

O voto secreto permitiu que 104 deputados que estavam presentes na Câmara se omitissem, traindo seus eleitores, pois jamais poderiam deixar de votar em sintonia com a posição de seus eleitores. O voto secreto no Congresso permite que os covardes se escondam dos seus eleitores.

A Amaribo Brasil manifesta sua indignação por essas posições absurdas do Congresso Nacional. A Proposta de Emenda Constitucional que determina o fim do voto secreto, já aprovada pela Câmara Federal, após sete anos parada, deve ser imediatamente votada, bem como deve ser instituída a perda automática do mandato ou cargo publico, para os condenados pela Justiça.

O Congresso Nacional precisa mudar imediatamente esse estado de coisas, pois do contrário corre o risco de não representar mais a sociedade brasileira o que pode trazer consequências desastrosas para a democracia. O povo brasileiro está cansado de ser enganado pelos seus líderes políticos.

Pelo fim imediato do voto secreto tanto no Senado como na Câmara Federal, e pela não permanência de criminosos condenados nessas duas casas.

AMARRIBO Brasil

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Caso Donadon: 50 deputados presentes deixaram de votar

Paulo Maluf, João Paulo Cunha, Valdemar Costa Neto e Marco Feliciano fazem parte de grupo de parlamentares que registraram presença, mas não votaram a cassação do deputado preso. PT, PP e PMDB foram os partidos com mais baixas.

Condenado a 13 anos de prisão e preso numa penitenciária de Brasília, o deputado Natan Donadon (sem partido-RO) contou com uma discreta ajuda na sessão de ontem (28) da Câmara em que escapou de perder o mandato. Dos 459 deputados presentes, 50 sumiram do plenário, por um motivo ou outro, na hora da votação. O número de baixas fez diferença. Faltaram apenas 24 para que o deputado preso fosse cassado. Na prática, se a metade desses parlamentares tivesse se manifestado pela perda do mandato, a Câmara estaria livre hoje do constrangimento de ter um de seus integrantes cumprindo pena no Complexo Penitenciário da Papuda.

Entre os presentes que não votaram, estão dois condenados no processo do mensalão, João Paulo Cunha (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP). Mesmo estando na Casa, também não se manifestaram outros deputados com histórico de denúncias como Paulo Maluf (PP-SP), Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), Newton Cardoso (PMDB-MG) e Jaqueline Roriz (PMN-DF). Flagrada em um vídeo recebendo dinheiro do pivô do mensalão do ex-governador José Roberto Arruda, Jaqueline escapou da cassação em 2011. Assim como há dois anos, a votação dessa quarta-feira também foi secreta. Os parlamentares presentes que não votaram não foram os únicos a darem uma ajuda para Donadon. Outros 41 registraram abstenção na hora de votar. Ele recebeu o apoio de 131 deputados que votaram pela manutenção do mandato. Apenas 233 votaram pela cassação. Eram necessários 257 votos para que o mandato do deputado preso fosse cassado.

Debandada partidária

Das 24 legendas com assento na Casa, 14 registraram baixas entre o registro de presença e o momento da votação. O partido com mais deputados presentes não votantes foi o PT. Dos 78 petistas presentes, 11 não votaram. Curiosamente, os petistas poderão passar, em breve, por situação semelhante à do peemedebista caso João Paulo Cunha e José Genoino (PT-SP), outro condenado no processo do mensalão, não consigam reverter as punições impostas pelo Supremo e tenham o destino de seus mandatos nas mãos da Câmara. De licença médica há algumas semanas, Genoino não compareceu à sessão de ontem.

Em segundo lugar na lista dos partidos com mais debandadas, aparece o PP, de outro deputado condenado no mensalão, Pedro Henry (MT). Oito integrantes da bancada não votaram, mesmo estando presentes. A terceira bancada com mais deputados presentes não votantes foi a do PMDB. Dos 73 peemedebistas que estavam no plenário, sete não registraram voto durante o julgamento do colega partidário. Também legendas da oposição, como o DEM, o PSDB e o PPS, tiveram deputados que se ausentaram na hora de votar.

Nem todos os casos de parlamentares que se ausentaram no momento da votação podem ser considerados intencionais. É provável que parte desses congressistas tenha deixado o plenário momentos antes da votação para embarcar para seus respectivos estados, já que muitos enforcam as manhãs das quintas-feiras para visitar suas bases eleitorais. O Congresso em Foco deixa o espaço aberto para quem queira esclarecer o motivo de sua ausência.

Dos 513 deputados, 459 compareceram ao plenário ontem à noite. Desses, apenas 405 se manifestaram (233 votaram pela cassação, 131 contra e 41 se abstiveram). Além dos 50 presentes que não votaram, mais quatro se declararam em obstrução, deixando também de registrar seu voto. Os cinco maiores partidos governistas na Câmara (PT, PMDB, PSD, PP e PR) têm juntos 289 deputados. Na sessão de ontem (28.ago.2013), só compareceram para votar 219. Ou seja, os 70 gazeteiros representaram uma taxa de ausência de 24,2%, informa o Blog do Fernando Rodrigues. Veja aqui a relação completa dos deputados que não participaram da votação, ou por não terem comparecido à sessão ou por terem sumido do plenário na hora da votação.

Originalmente publicado em Congresso em Foco: http://migre.me/fU974

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