Jornalista ameaçado de morte em Tucuruí

O Jornalista Welington Hugles correspondente do Jornal Diário do Pará em Tucuruí e dono do Blog Jornal de Tucuruí está sendo vítima de um plano que visa o seu assassinato.

Welington tomou conhecimento de que um grupo de pessoas incomodadas com as denuncias que faz como jornalista contra pessoas influentes em Tucuruí se reuniu para discutir o que fazer com ele, já que a sua atividade como jornalista e denuncias publicadas em seu Blog e no Jornal Diário do Pará está incomodando um grupo de pessoas na cidade.

Algumas pessoas na reunião sugeriram que dessem uma "coça" no Jornalista como fizeram há algum tempo atrás com o Radialista da Rádio Energia FM Celso Lamego. O jornalista que também fazia denuncias contra pessoas e políticos locais foi brutalmente espancado por pistoleiros encapuzados. Apesar de algumas suspeitas e vários comentários, a polícia nunca esclareceu o crime.
   
Segundo Hugles a sugestão de espancamento não foi aceita e prevaleceu a ideia de assassinato que os bandidos chamaram de "descarte". Welington conseguiu algumas provas do suposto plano para seu assassinato, inclusive uma gravação que enviou a pessoas de sua confiança e ao Folha de Tucuruí, para que se "algo" lhe acontecesse estas provas e a gravação venham à público. O grupo terrorista pode ser também o responsável pelo atentado ao Radialista Celso Lamego, já que os métodos são parecidos.
     
Caso alguma coisa aconteça ao jornalista, o Folha de Tucuruí irá publicar todas as provas na Internet. Ao mesmo tempo estamos enviando esta matéria para a Rede Amarribo e a Transparência Brasil para que todo o Brasil tome conhecimento desta ameaça à liberdade de pensamento, liberdade de expressão e este atentado contra os Direitos Humanos.
    
Era só o que faltava em Tucuruí, a volta da pistolagem e dos crimes contra a vida.
     
Esta é mais uma consequência da sensação, mais que isso, da certeza da impunidade que assola o Município.

Fonte: Folha de Tucuruí

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Vale do Aço assiste a segunda execução de jornalista em 37 dias

Em Ipatinga (MG), o jornal Vale do Aço não tem mais editoria de Polícia. No dia 8 de março, o repórter Rodrigo Neto foi executado com dois disparos por homens em uma motocicleta. Nesse domingo (14.abr.2013), seu colega fotojornalista Walgney Assis Carvalho foi morto de maneira semelhante: dois tiros, uma moto, em um bar da região. Após a segunda morte, o profissional que substituía Rodrigo Neto decidiu abandonar o posto.

A Abraji lamenta que um segundo profissional tenha sido morto na região antes de as autoridades soluconarem o primeiro caso. Walgney é o terceiro jornalista assassinado no Brasil em 2013 – de acordo com o Comitê de Proteção aos Jornalistas, foram quatro mortes em todo o ano de 2012. A impunidade serve de estímulo a ações como essas, em que o executor tem por objetivo calar o jornalismo executando um jornalista.

A morte de Rodrigo Neto (8.mar.2013) teve grande repercussão. Além de a Assembleia Legislativa mineira acompanhar o trabalho da Polícia, a ministra Maria do Rosário, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, visitou Ipatinga em 19 de março.

Amigos e colegas do repórter se organizaram no Comitê Rodrigo Neto, movimento que cobra a solução do assassinato sob o slogan “Chega de impunidade! Sua voz não vai se calar”. O grupo compilou reportagens sobre crimes sem solução e que foram cobertos por Rodrigo Neto. Em muitos deles, há indícios de assassinatos de testemunhas e de participação de policiais militares. Na semana passada, o grupo organizou uma passeata em Ipatinga para marcar um mês da morte de Rodrigo Neto e cobrar a solução do crime.

Um telefonema anônimo alertou nessa segunda-feira (15.abr.2013) a Comissão de Direitos Humanos da ALMG que Walgney Carvalho sabia quem eram os executores de Rodrigo Neto, e que por isso foi assassinado. A Abraji condena o homicídio de Walgney Carvalho, que parece se inserir na lógica de queima de arquivo de outras ocorrências da região. É importante que autoridades de todas as esferas se unam para elucidar as duas mortes com rapidez. Garantir a segurança e a integridade de jornalistas é passo fundamental para a garantia da liberdade de expressão no Brasil, onde pelo menos três jornalistas foram mortos em 2013.

Fonte: Abraji

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