Corrupção é o principal problema mundial, aponta pesquisa

A corrupção é um problema comum a todos os países. Uma pesquisa feita pelo IBOPE Inteligência em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN), realizada em 65 países, com 66.806 entrevistados, mostra que 21% citam a corrupção como o principal problema do mundo. No Brasil, esse índice é ainda maior: 29% consideram a corrupção como o problema mundial mais grave.

Os maiores índices, entretanto, estão no continente asiático: 50% nas Filipinas e 40% na Indonésia. Por outro lado, apenas 2% dos japoneses veem a corrupção como o principal problema do mundo. Na média, 26% dos moradores da região citam a corrupção como principal problema do mundo.

As Américas aparecem em segundo lugar, com 19% da população colocando a corrupção no topo da lista de problemas. Além do Brasil, Peru e México também registram 29% da população preocupada com corrupção.

Na parte ocidental da Europa, onde a média é de apenas 8%, a exceção é a Espanha: 20% dos espanhóis consideram a corrupção o problema mais grave do mundo, enquanto na França, Alemanha e Reino Unido os percentuais são de 4%, 6% e 8%, respectivamente.

As questões econômicas aparecem em segundo lugar na lista dos principais problemas mundiais, citadas por 14% da população global. Os países africanos lideram a lista, com média de 21%, seguida das Américas (16%) e da Europa Ocidental (14%). Isoladamente, por país, os índices mais altos foram identificados na Malásia (47%) e na Grécia (43%).  Nos Estados Unidos, esse é o principal problema, mencionado por 26% dos norte-americanos, enquanto no Brasil ele é citado por apenas 6% da população.

A distância existente entre ricos e pobres é, segundo a população mundial, o terceiro principal problema do mundo, citado por 12% dos entrevistados da pesquisa. No entanto, para os habitantes da Europa Ocidental esse é o principal problema do mundo. Lá a média é o dobro da média global (24%). Em alguns países o índice é ainda maior, como na Alemanha (34%), Áustria (32%), Espanha (27%) e França (25%). A menor média é a do Reino Unido, de 16%. Por outro lado, as menores citações aparecem na Indonésia (5%), Tailândia (3%) e Malásia (1%). No Brasil, apenas 9% consideram o desequilíbrio social o principal problema do mundo.

Em quarto lugar na lista dos principais problemas mundiais aparece o desemprego, mencionado por 10% dos entrevistados. As nações que mais citam a falta de emprego como problema mundial são Itália (34%), Bósnia (32%) e África do Sul (30%). No Brasil, desemprego é o principal problema mundial apenas para 8% da população e na Argentina, para 2%.

No Brasil, além dos 29% que optaram por corrupção como maior problema global, outros 9% citaram a desigualdade social, 8%, o desemprego, e 6%, a crise econômica.

Fonte: IBOPE

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Mais Estado e menos governo

Por Rogério Schmitt*

Os manuais de ciência política nos ensinam que a corrupção pode ser genericamente definida como a apropriação do poder público por interesses privados ilegítimos (dos próprios governantes ou de terceiros). Nunca nos livraremos totalmente da corrupção. Ela é provavelmente tão antiga quanto a atividade política. E deve continuar sendo uma nossa companheira de viagem enquanto existirem seres humanos vivendo em sociedade. Talvez a corrupção esteja presente na própria natureza humana.

Ao longo do tempo, no entanto, a literatura especializada acabou convergindo para um virtual consenso. A melhor forma de combater a corrupção é através da via institucional – e não através da busca desenfreada de um aprimoramento moral inatingível.

Em outras palavras, se é verdade que a corrupção não pode ser anulada, também é verdade que há regras e incentivos mais apropriados para limitá-la e para puni-la.

Essa não é apenas uma proposição teórica. É também uma constatação empírica. Os regimes políticos mais bem sucedidos no combate à corrupção são aqueles que adotaram as melhores práticas em procedimentos institucionais.

Mas o controle da corrupção também tem uma dimensão econômica. As bases de dados e estatísticas internacionais demonstram haver uma forte correlação entre a corrupção governamental e a intervenção estatal na economia. Via de regra, quanto maior a dependência econômica dos indivíduos em relação ao governo, maior também a disseminação de práticas tipicamente associadas à corrupção.

O Brasil ocupa uma posição intermediária nos rankings internacionais de percepção da corrupção. Ao mesmo tempo em que o país está melhor situado do que os outros Brics (Rússia, Índia e China), ainda estamos muito distantes dos patamares minimamente toleráveis de corrupção.

Mas creio que a nossa maior dificuldade continua sendo transformar o combate à corrupção numa política de Estado, em vez de meras políticas de governos. De modo geral, as instituições oficiais encarregadas de fiscalizar e de punir a corrupção são subordinadas a autoridades politicamente motivadas.

O país terá, portanto, muito a ganhar quando os mecanismos de controle da corrupção passarem a ser instrumentos dos interesses permanentes do Estado, fora do alcance dos interesses momentâneos dos governos, dos partidos e dos políticos.

Além disso, a redução da corrupção não é uma meta meramente simbólica. Ela também produz benefícios concretos. Menos corrupção governamental significa maior redução da pobreza, políticas públicas mais eficientes e ganhos de produtividade na economia como um todo.

*Rogério Schmitt  é consultor político e doutor em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj). Publicou o livro Partidos políticos no Brasil: 1945-2000 (Jorge Zahar Editor, 2000) e co-organizou a coletânea Partidos e coligações eleitorais no Brasil (Unesp/Fundação Konrad Adenauer, 2005).

Originalmente publicado em Congresso em Foco: http://congressoemfoco.uol.com.br/opiniao/colunistas/mais-estado-e-menos-governo/

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2013: um marco para um futuro mais justo e transparente

2013 será lembrado pelos protestos e manifestações em todo o país, ao lado de avanços e conquistas importantes para a luta anticorrupção. As pessoas foram para as ruas por diversos motivos, mas a corrupção apareceu como um denominador comum de todos eles.

A sociedade, de forma geral, está mais consciente das graves consequências da corrupção, e 2013 foi um ano especial para esse despertar. A questão da corrupção evoluiu muito, entrou nas agendas públicas, ganhou as ruas e está na pauta política nacional. A sociedade precisa continuar a construir esforços anticorrupção.

A mobilização popular e a atuação de redes que combatem a corrupção contribuíram para barrar retrocessos como a PEC 37. Avançou-se com a extensão da Ficha Limpa para todos os níveis da gestão pública e com o fim do Voto Secreto Parlamentar.

Foi aprovada a Lei de Responsabilidade Administrativa e Civil que dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de empresas pela prática de atos contra a administração pública o que certamente irá inibir a pratica da corrupção com os contratos de obras e serviços públicos .

Avançamos na discussão sobre a Reforma Política e uma grande Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas foi formada, juntando diferentes movimentos e atores que buscam um sistema eleitoral limpo e democrático, que garanta a ampliação da representação política da maioria da sociedade e acabe com a relação espúria de empresas financiando campanhas eleitorais para serem beneficiadas com contratos com a administração pública.

2013 também será lembrado pelo fato inédito de políticos do alto escalão e empresários importantes condenados por corrupção terem suas sentenças executadas, inclusive muitos com penas de prisão em regime fechado. Um marco importante e que abre precedentes para outros casos que também precisam ser julgados.

Porém, a 72ª posição do Brasil entre os 177 países avaliados em 2013 pelo Índice de Percepção da Corrupção da Transparência Internacional, organização que a AMARRIBO Brasil representa no país, mostra que a corrupção no Brasil ainda é alarmante. Ainda há muito trabalho para ser feito. Mas, apesar dos desafios, nossa convicção é mais forte do que nunca.

O combate à corrupção deve ser um compromisso de todos os cidadãos e grupos organizados que almejam construir uma sociedade mais justa, ética e democrática. Em ambiente em que predomina a corrupção dificilmente prosperam projetos de desenvolvimento econômico e social.

Nossos valores nunca foram tão importantes. Com determinação e paixão, reafirmamos nosso compromisso na luta contra a corrupção e seguiremos trabalhando de forma incansável na construção de um país mais justo, ético, transparente e sem corrupção.

Esperamos que 2013 não seja lembrado apenas como o ano em que a população brasileira foi para as ruas cobrar dos governantes mais respeito e melhores serviços, mas como um marco da mudança para uma sociedade mais ética e transparente. Do Oiapoque ao Chuí, é esse o futuro que todos nós merecemos.

A AMARRIBO Brasil deseja a todos um Feliz Natal e um 2014 repleto de conquistas!

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IPC 2013: Semáforos nas Américas – salvam vidas ou são apenas decorações urbanas?

Imagine uma cena em Buenos Aires, Caracas, ou em qualquer outra cidade em uma capital das Américas: são 10h30 e você está no seu carro correndo para um compromisso para o qual você já está atrasado. O semáforo está no vermelho. Você olha para a direita, não há carros vindo, olha para a esquerda, ninguém. Você pode atravessar o sinal vermelho ou esperar. O que você faz?

Em um mundo ideal,  o sinal vermelho deve ser o suficiente para impedi-lo de atravessar o cruzamento. No entanto, na prática, esta situação comum de trânsito mostra que você pode quebrar a lei para ganhar algum tempo ou seguir as regras e esperar.

Sua decisão provavelmente é influenciada por vários fatores, por exemplo, o quão importante é o seu compromisso. Mas vamos nos concentrar sobre a decisão baseando-se na probabilidade de se meter em encrencas. Sem carros ou pessoas por perto, a possibilidade de um acidente é pequena, portanto a única preocupação é que você seja pego cruzando o sinal vermelho e, consequentemente, terá que pagar uma multa (ou suborno). Isso afeta diretamente o  seu bolso e fará você perder ainda mais tempo.

Assim, como esse simples exemplo ilustra, mesmo com uma boa lei em prática – neste caso, representada pelo semáforo vermelho – há um efeito limitado se você sente que pode violar a lei e ficar impune. Algo semelhante acontece com as medidas anticorrupção, como leis de transparência, planos e agências anticorrupção, códigos de ética, assinaturas de convenções internacionais de combate à corrupção, registros de interesse, declarações de bens por funcionários públicos, entre outros. Todos eles constituem um conjunto de normas fundamental para a prevenção da corrupção. Eles são essenciais, mas não suficientes.

Boas leis,  pouca efetividade

Vários países da América Latina e do Caribe têm feito progressos notáveis na criação de leis para o combate à corrupção: 21 países nas Américas têm leis de acesso à informação; 31 países são signatários da Convenção Contra a Corrupção da Organização dos Estados Americanos e 17 países estão participando da Open Government Partnership. Isso merece ser elogiado e incentivado. Então, por que o Índice de Percepção da Corrupção na edição de 2013 ainda mostra resultados ruins na região?

Verifique a pontuação média de 39 pontos na América Latina, em uma escala onde 0 é a percepção de um país altamente corrupto e 100 muito limpo. Os pontos da região estão apenas ligeiramente acima da pontuação média do Oriente Médio, do Norte da África (37) e da África Subsaariana (33) e muito abaixo da pontuação média de 66 pontos da Europa Ocidental.

A democracia eleitoral e os esforços dos governos têm sido uma característica em alguns países da região há muitos anos, e foram criadas regras e instituições para dar apoio a ambos.  Então, por que não vemos um grande progresso quando se trata da luta contra a corrupção? Lembre-se do semáforo vermelho.

Acredito que a resposta é clara. Podemos direcionar esforços em vários tipos de normas e instituições, mas quando temos drogas e armas que custam milhões de dólares atravessando fronteiras todo mês (até elefantes cruzaram a fronteira México-EUA ilegalmente), a corrupção continuará desenfreada. Exemplos locais disso são os milhares de cidadãos que pagam subornos à polícia na Bolívia, a compra de votos e o uso de recursos públicos para fins eleitorais na Venezuela, e os políticos que contratam familiares para cargos no governo, como recentemente ocorrido com os senadores paraguaios.

Em outras palavras, você pode instalar todos os semáforos que você quiser em uma cidade, mas se nenhum mecanismo real estiver no local para obrigar o "pare" quando a luz vermelha estiver acesa, eles só vão fazer parte da paisagem urbana, uma mera decoração.

Tendência decrescente

Então, sem grandes surpresas para as Américas no Índice de Percepção de Corrupção 2013: a situação ainda é grave em muitos países. Além disso, mais preocupante ainda é a América Central que mostra uma tendência decrescente. A maioria dos países da região está se movendo lentamente e para baixo nas colocações do índice.

No índice 2013 da América Central, o país que mais regrediu foi a Guatemala, que caiu quatro pontos e 10 colocações. Desta forma, o país se torna cada vez mais um local estratégico para o crime organizado, onde a população consequentemente sofre de extrema violência e insegurança. Grupos obscuros de interesses privados estão acabando com o quadro institucional no país, tornando a corrupção um fardo diário. O grande paradoxo é que o presidente Pérez Molina declarou 2013 como o Ano da Transparência.

Sem falar que a corrupção também é uma característica da América do Norte. Enquanto a colocação dos EUA fica estagnada, a pontuação do Canadá caiu três pontos neste ano. A fim de evitar uma maior queda da pontuação nos próximos anos, o país precisa continuar reforçando a sua infraestrutura de combate à corrupção e impor o seu uso. Em outras palavras, ao acender a luz vermelha certificar-se que aqueles que violam a lei serão filmados por uma câmera e uma multa será enviada pelo correio no dia seguinte. Não há desculpa justificável para os EUA, principal economia do mundo e uma das democracias mais antigas, para não estar entre os três melhores desempenhos no Índice de Percepção de Corrupção.

Cumprir as regras de combate à corrupção e exigir o fim da impunidade não é apenas trabalho de alguns funcionários públicos ou legisladores. Isso exige vontade política de quem está no poder, de todos os campos políticos e da certeza dos cidadãos de que a corrupção prejudica a todos nós e pode ser interrompida.

Pessoalmente, eu não quero viver em uma cidade onde semáforos não funcionam. Isso resultaria em acidentes, sangue e vidros quebrados, caos e imprevisibilidade. Da mesma forma, eu não quero viver em um país onde a corrupção corre livre.

Por Alejandro Salas, Diretor Regional das Américas da Transparência Internacional

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Brasil ocupa 72º lugar no Índice de Percepção da Corrupção

País cai 1 ponto no Índice de Percepção da Corrupção 2013, mas o balanço é positivo.

O Brasil obteve 42 pontos e ficou em 72º lugar entre 177 países avaliados pelo Índice de Percepção da Corrupção (IPC) da Transparência Internacional, organização que a AMARRIBO Brasil representa no país. O resultado do Brasil foi um ponto inferior e três posições abaixo que no ano anterior. A escala de pontuação vai de 0 a 100, na qual 0 representa a percepção mais alta de corrupção e 100 a percepção mais baixa de corrupção.

Metodologicamente a queda não demonstra grandes diferenças, pois se encontra dentro da margem de erro da pesquisa. A Transparência Internacional considera significativa uma alteração de mais de quatro pontos de diferença de um ano para o outro. 

Para Antonio Chizzotti, conselheiro da AMARRIBO Brasil, o resultado da pesquisa mostra a percepção apenas em um momento definido e é importante levar em conta a historicidade do Índice para se avaliar a evolução no longo prazo. “O Brasil melhorou muito. Quem participa há mais de dez anos da luta anticorrupção é testemunha ocular dessa história. A corrupção ocorria de tal modo avassalador que grupos como a AMARRIBO, que nasceu em Ribeirão Bonito, eram vistos como idealistas discursando no deserto e querendo afrontar a fatalidade com suspiros heroicos”, diz Chizzotti.

Existem indícios claros de que a sociedade, de forma geral, está mais consciente das graves consequências da corrupção. Prova disso é o surgimento, nos últimos 10 anos, de inúmeros movimentos e organizações voltadas ao combate desse crime. “Todos sabemos quanto evoluiu a questão da corrupção, como entrou nas agendas públicas, ganhou as ruas e está na pauta política nacional. A percepção da corrupção, hoje, é muito viva em qualquer segmento da sociedade”, completa Chizzotti. Contraditoriamente, portanto, a conscientização popular acaba por prejudicar a colocação do país no IPC.

Apesar de a queda não ser significativa na avaliação de curto prazo, o Brasil ainda se mantém no grupo com menos de 50 pontos, o que demonstra que ainda há muito trabalho para ser feito. Para Leo Torresan, presidente da AMARRIBO Brasil, a sociedade tem um papel fundamental na luta anticorrupção, porém, o setor público e o setor privado devem assumir também os seus papéis.

A aprovação e implementação de leis recentes que combatem a corrupção e a impunidade, como a Lei da Ficha Limpa, a Lei de Acesso à Informação e a Lei Anticorrupção Empresarial são ferramentas importante, se devidamente aplicadas, para que o Brasil evolua ao longo dos anos. A sociedade precisa continuar a construir esforços anticorrupção.

Para Henrique Ziller, conselheiro da AMARRIBO Brasil, o momento atual do Brasil é paradoxal e nebuloso, e a sociedade tem papel fundamental. “O controle social se expande como nunca, porém, o processo eleitoral continua dominado pelo capital, por exemplo. Não nos resta outra opção senão aprofundar nosso compromisso e nossa luta contra a corrupção”, disse.

“O combate à corrupção deve ser um compromisso de todos os cidadãos e grupos organizados que almejam construir uma sociedade mais justa, ética e democrática. Em ambiente em que predomina a corrupção dificilmente prosperam projetos de desenvolvimento econômico e social”, completou Torresan.

O topo do ranking foi dividido por Dinamarca e Nova Zelândia, com 91 pontos cada. Uruguai e Chile foram os países latino-americanos mais bem avaliados, com 73 e 72 pontos, respectivamente. Porto Rico, Costa Rica e Cuba também ficaram acima do Brasil no ranking regional. A última colocação foi dividida entre Afeganistão, Coréia do Norte e Somália, com 8 pontos cada.

Saiba mais sobre os resultados do IPC 2013 aqui.

A AMARRIBO Brasil é o capítulo da Transparency International no país.

Informações para imprensa
Nicole Verillo
nicoleverillo@amarribo.org.br

Lirian Pádua
lirianpadua@amarribo.org.br
+55 14 9 9711-1866

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Índice de Percepção da Corrupção 2013 será lançado em dezembro

A Transparência Internacional, organização internacional de combate à corrupção que a AMARRIBO representa no Brasil, lançará, no próximo dia 3 de dezembro, a 19ª edição do o Índice de Percepção da Corrupção.

Este ano foram avaliados 177 países pela percepção dos níveis de corrupção no setor público. A classificação é baseada em 13 estudos com avaliações de especialistas e opiniões de empresários. O Índice de Percepção da Corrupção (IPC) é o principal indicador mundial de corrupção no setor público. Anualmente ele se torna um suporte prático para verificação do nível de corrupção nas regiões do globo, possibilitando a comparação entre os países.

A AMARRIBO Brasil disponibilizará o material em português e estará disponível para entrevistas e esclarecimento de dúvidas. Será realizada uma coletiva de imprensa na data do lançamento, com local e horário ainda a confirmar.

No ano passado, no ranking com 176 países, o Brasil ficou em 69º lugar, com 43 pontos, quando o zero representa o país mais corrupto e o 100 o país mais íntegro. Já em 2011 o Brasil obteve a 73º colocação. Confira aqui.

Qual será a pontuação do Brasil neste ano? O País está fazendo o suficiente para acabar com a corrupção?

Opine, interaja e acompanhe os resultados nas redes sociais com  a hashtag #stopthecorruption.

Assessoria de Imprensa:

Lirian Pádua
lirianpadua@amarribo.org.br

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Brasil melhora quatro posições no ranking de combate à corrupção

No índice de percepção da corrupção em 176 países o Brasil alcançou o 69º lugar em 2012

O topo do ranking foi dividido pela Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia, com 90 pontos cada, em uma escala de 0 a 100, onde 0 representa um país muito corrupto e 100 um país muito íntegro. A avaliação é feita por especialistas.

Apesar dos últimos avanços no país, o Brasil obteve apenas 43 pontos, ficando em 69º lugar, no grupo de países com menos de 50 pontos. Chile e Uruguai, países da América Latina, ficaram a frente do Brasil dividindo a 20ª posição, com 72 pontos cada. Os dois países ainda ficaram acima da Espanha, de Portugal e da França.

Para Guilherme von Haehling, Diretor Executivo da AMARRIBO Brasil, organização de contato da Transparência Internacional no país, ainda há muito para ser feito no Brasil. “Esse avanço se deve principalmente ao trabalho que vem sendo feito pela sociedade civil no Brasil. Cada dia mais cidadãos se juntam a luta contra corrupção. Porém, o fato de estarmos em 69º lugar significa que há muito trabalho para ser feito. A luta contra a corrupção tem que ter atenção de toda a sociedade”, disse Haehling.

Para Alejandro Salas, Diretor Regional Para a América Latina, apesar da melhoria o Brasil deve ser exemplo para a América Latina e precisa de mais esforços nessa luta. “O progresso do Brasil está ligado a criação de leis que combatem a corrupção e a impunidade, como a Lei da Ficha Limpa e a Lei de Acesso à Informação. Há um bom momento para o Brasil continuar a construir esforços anticorrupção, de mãos dadas com as crescentes perspectivas econômicas”.

“Nós trabalhamos para que esse avanço do Brasil seja uma tendência e uma evolução para que o país integre os grupos dos países mais íntegros”, afirma Leo Torresan, Presidente da AMARRIBO Brasil.

Para Lizete Verillo, Diretora de Combate à Corrupção da AMARRIBO Brasil, o Brasil está melhorando. O índice bruto não permite uma análise de longo prazo pela mudança anual do número de outros países e outros fatores, porém, de acordo com Lizete, se trabalharmos com percentuais é possível evidenciar esse avanço: “Em 1995, 90% dos países medidos pelo Índice estavam a frente do Brasil, em 2012 esse percentual foi reduzido para 41%”.

Em último lugar ficaram o Afeganistão, Coreia do Norte e Somália com 8 pontos cada.

A metodologia do índice usa opiniões de analistas, empresários e investidores e varia ao longo dos anos.

Confira aqui os resultados do índice.

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