Por uma sociedade íntegra onde os direitos são respeitados

Sábado, 8 de março, é o Dia Internacional da Mulher, e estamos celebrando as mulheres que lutam contra a corrupção ao redor do mundo.

Lisandra Arantes Carvalho atua com Práticas Empresariais e Políticas Públicas no Instituto Ethos, é Coordenadora dos Comitês Locais de Controle Social para Mobilização e Monitoramento das Obras da Copa do Projeto Jogos Limpos Dentro e Fora dos Estádios.

O que motivou você a se envolver na luta contra a corrupção?

Por ter formação no movimento feminista e convivido com a triste realidade sexista, acredito que estão nas politicas publicas a esperança de condições mais igualitárias na nossa sociedade. Assim, todo e qualquer ato de corrupção impacta diretamente na vida política e civil das mulheres.

Em que áreas você atua? De que forma você combate a corrupção?

Atualmente trabalho mais diretamente com os temas da integridade e transparência dos(as) gestores(as)  no que diz respeito aos investimentos públicos.

A corrupção afeta homens e mulheres de forma igual no Brasil?

Acredito que não, tendo em vista a desigualdade entre os gêneros e seus impactos diretos na vida das mulheres tais como, divisão de tarefas, dupla jornada, salários menores, responsabilidade pelo sustento e cuidado com os filhos,  as mulheres se tornam mais expostas e  vulneráveis também aos efeitos e impactos sociais da corrupção.

Ser mulher impacta de alguma forma sua atuação na luta contra a corrupção?

Sim, os espaços políticos ainda são majoritariamente masculinos e brancos.

Qual a importância da mulher nesta luta?

Tal qual em qualquer outro espaço ou luta, o equilibrio de gênero permite analises e iniciativas que melhorem atendem às realidades sociais. Outro fator importante é ter a representatividade que melhor reflita a nossa sociedade e a ocupação dos espaços políticas e de luta por um numero cada vez maior de mulheres.

Por fim, qual mulher te inspira a lutar contra a corrupção e por que?

Todas as mulheres que já passaram pela minha vida, que de alguma forma me influenciaram, me ajudaram a me tornar o que sou. São elas que me inspiram a lutar. Faço isso pois acredito que merecemos todas viver numa sociedade mais integra, com nossos direitos respeitados e nossas necessidades atendidas.

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Este texto faz parte de uma série de entrevistas promovidas pela AMARRIBO Brasil em um especial para o Dia Internacional da Mulher, cujo objetivo é demonstrar a luta de mulheres contra a corrupção em todo o mundo.