Paraíba feminina, mulher guerreira sim senhor!

Sábado, 8 de março, é o Dia Internacional da Mulher, e estamos celebrando as mulheres que lutam contra a corrupção ao redor do mundo.

Karine Oliveira é coordenadora do Instituto Soma Brasil, membro do Conselho de Transparência e Combate à Corrupção de João Pessoa, PB,  integrante das Redes ABRACCI e AMARRIBO Brasil e escreve no Blog Cidadania e Etc, no Jornal da Paraíba Online.

O que motivou você a se envolver na luta contra a corrupção?

É redundante dizer que é para a construção de uma sociedade mais justa. Mas é isso que me move. Acreditar que é possível construir outra realidade e um Brasil com tolerância zero para a corrupção.

Em que áreas você atua? De que forma você combate a corrupção?

Participo de articulações nacionais, como a ABRACCI, a Amarribo e a Rede por Cidades Justas e Sustentáveis. Na Paraíba, integro o Conselho de Transparência e Combate à Corrupção de João Pessoa e desenvolvo ações de monitoramento da transparência pública, educação para a cidadania e controle social da gestão pública.

A corrupção afeta homens e mulheres de forma diferente no Brasil?

As consequências da corrupção são geralmente mais danosas para os grupos vulneráveis ou menos favorecidos. No entanto, as mulheres afetam a corrupção de forma diferente. Um estudo recente baseado em relatórios da CGU e do Ministério do Planejamento concluiu que no serviço público as mulheres se envolvem com menos práticas ilícitas relacionadas à corrupção que os homens.

Ser mulher impacta de alguma forma sua atuação na luta contra a corrupção?

O universo do combate à corrupção ainda é predominantemente masculino. Mas eu me sinto bastante à vontade nele. Nunca me deixei intimidar pela condição de gênero.

Qual a importância da mulher nesta luta?

Como mencionei, estudos indicam que as mulheres em geral são menos suscetíveis à corrupção. Costumam ser mais sensíveis e responsáveis na gestão pública. Acho que a gente traz para estes – e outros – espaços o jogo de cintura e a habilidade nata de ser mulher, de ser mãe, de ser guerreira.

Por fim, qual mulher te inspira a lutar contra a corrupção e por que?

Ela se chama Joana. Tem 5 anos. E é minha inspiração permanente. Todos os dias olho pra ela sinto uma imensa motivação para seguir em frente.

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Este texto faz parte de uma série de entrevistas promovidas pela AMARRIBO Brasil em um especial para o Dia Internacional da Mulher, cujo objetivo é demonstrar a luta de mulheres contra a corrupção em todo o mundo.