Pessoas, Coalizões, Mudanças

“O mundo que queremos só pode ser construído com transparência”, proclamou Dilma Rousseff, presidenta do Brasil. Com o ecoar destas palavras, a 15ª IACC foi declarada oficialmente aberta.

Até onde já conseguimos chegar na luta contra a corrupção? Que progressos foram feitos? Como podemos ir mais longe ainda? Como Lori Gold do 100Reporters perguntou na plenária, nós estamos preparados para mobilizar pessoas, para levar a luta anticorrupção a um caminho sem volta?

“A corrupção é uma praga em todos os nossos lares”, disse Huguette Labelle, presidente da Transparência International, “mas juntos podemos e devemos encontrar uma cura sustentável.” “Cabe a cada um de nós nos tornarmos agentes de mudança”, disse Jorge Sanchez, presidente do Conselho Administrativo da Amarribo Brasil, ecoando o tema da conferência.

Nunca houve tantas oportunidades para pessoas comuns se engajarem na luta contra a corrupção. A capacitação das pessoas está “começando a se alastrar como o fogo e cada um de nós pode se envolver”, disse Paulo Hilder, retirando exemplos de sua experiência na Avaaz and Change.org. Da Primavera Árabe ao Verão Indiano até o Movimento de Ocupação, as pessoas ao redor do mundo, particularmente os jovens, estão exigindo mais transparência e responsabilidade em suas vidas. “Não perca esta oportunidade”, o ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Tawakkol Karman, exortou os participantes da IACC.

Apreensão de bens, bens roubados, crime organizado – a natureza transnacional da corrupção significa que ela não pode ser combatida somente em nível nacional. O ministro brasileiro Jorge Hage Sobrinho rotulou a corrupção como “uma das mais graves ameaças à democracia, desenvolvimento e justiça social”. Ele considerou as iniciativas internacionais, como a Parceria de Governo Aberto, fundamentais para que países aprendam e se apoiem mutuamente.

Seja a corrupção o combustível da impunidade ou a impunidade o combustível da corrupção, os palestrantes de todas as sessões enfatizaram a necessidade premente de que essa combinação destruidora seja combatida. Markus Hardtke, do Cambodian Natural Resources Protection Group, descreveu o recente assassinato do seu diretor, fato que permanece impune, e sua falta de confiança nas instituições responsáveis. Olhando à frente, a Transparência International tem como papel fazer campanha contra a impunidade, relatou o fundador da organização anticorrupção, Peter Eigen. Nas palavras do Presidente do Conselho da IACC, Barry O’Keefe, “juntos podemos conseguir, e juntos chegaremos lá.”

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Investindo em um futuro mais brilhante

A corrupção "rouba dos cidadãos e dos governos os recursos que poderiam ser investidos em um futuro mais brilhante. Cada propina paga representa um imposto escondido, à custa de fazer negócios e impedir o crescimento econômico". Dirigindo-se à 15ª IACC, as palavras da Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, abriu a sessão plenária sobre dinheiro sujo.

"Precisamos lidar com a realidade do sistema financeiro de sombra", disse Raymond Baker, Diretor da Global Financial Integrity ao descrever a rede de paraísos fiscais, contas anônimas, lavagem de dinheiro e manipulação de preços, onde vemos 10 dólares saindo dos países em desenvolvimento para cada dólar de ajuda que entra.

No final das contas, o escritor e pesquisador Nicholas Shaxson disse: “todo dinheiro no sistema transfronteiriço daria cinco voltas da órbita do sol ao redor da terra". Com esta imagem na sala, Shaxson apresentou sua ideia: "Paraísos ficais estão no centro do sistema financeiro – eles não são um slide exótico”. Segundo Baker, grande parte da responsabilidade é das nações desenvolvidas. "É preciso que vejamos que é um problema dos países ricos recebendo o dinheiro” ele disse. Shaxson concordou: "Nós precisamos sabem em interesse de quem é a confidencialidade… estamos falando dos grandes países da OCDE".

Para aqueles que estão na linha de frente das investigações, o ambiente pode ser super perigoso, disse William Bourdon, da SHERPA, lembrando como seus amigos e colegas sofreram ameaças de morte. Um foi assassinado. Segundo ele, é a hora de um "escudo internacional para proteger uma nova geração de ativistas". As ameaças e as intimidações não devem impedir os esforços para que os criminosos respondam diante da justiça". "É preciso acabar com a imunidade para os que desestabilizam a democracia pilhando o dinheiro público", enfatizou Bourdon.

Há alguns avanços, disse Therese Lee, do Google. "Estamos no meio de uma mudança da maré anticorrupção", ela disse, mencionado o FCPA, a Lei de Suborno do Reino Unido e a ratificação da China e da Rússia da Convenção Anticorrupção como evidências. Explicando o impacto que as novas leis têm sobre o comportamento empresarial, ela pediu ao público que "se lembre que as empresas podem ser um importante agente de mudança na luta contra a corrupção". E os líderes também. O Ministro da Justiça do Brasil, José Eduardo Cardozo, apresentou os esforços para rastrear a lavagem de dinheiro no país, por meio de mecanismos de monitoramento reforçado, treinamento anticorrupção, e maior cooperação entre as agências governamentais. Usando as palavras de Hillary Clinton, Cardozo afirmou o compromisso do governo em dar um fim à corrupção financeira. Este apoio é essencial. Como diz Raymond Baker, rastrear os fluxos ilegais de dinheiro "é uma questão de vontade política”.

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Declaração de Brasília

Mais de 1900 pessoas, de 140 países, se reuniram em Brasília para discutir um dos mais urgentes temas do nosso tempo: a corrupção no mundo de hoje.

Quando a Conferencia Internacional Anticorrupção se realizou em Bangcoc, em 2010, a crise financeira mundial tornou a restauração da confiança um imperativo. Desde então, como resultado de lições aprendidas, mas não postas em prática, o mundo tem visto inúmeros exemplos de abusos da confiança depositada pela população.

A confiança continua sendo corroída. Muitos percebem isto na política, no esporte, na educação, nos negócios, nas instituições locais e globais, entretanto, a corrupção tem lhes negado voz, bem estar e justiça. Agora, mais do que nunca, temos que reunir aqueles que lutam contra a corrupção para criar esforços mais focados contra o abuso de poder.

Conectando cidadãos

As pessoas sabem que podem fazer diferença quando se juntam em número suficiente e com um objetivo determinado.

Cidadãos, atuando de forma coordenada, podem, de forma mais efetiva, desafiar governos, empresas, instituições financeiras, organizações esportivas e organismos internacionais que negligenciaram suas responsabilidades.

Enfatizando preocupações cotidianas, os esforços pela transparência e luta contra corrupção dão poder as pessoas. A luta contra a corrupção deve significar mais do que a simples aprovação de novas leis. Ela deve significar a adoção da transparência nas atividades diárias dos governos; e seu impacto deve ser sentido em todos os níveis da sociedade, estimulando os cidadãos a unir forças.

As pessoas mais vulneráveis em nossas sociedades, em geral, as mais gravemente afetadas pela corrupção, devem fazer com que seus governantes mantenham sua palavra, expondo aqueles que não cumprem suas promessas. Para tanto, essas pessoas necessitam de acesso à informação por meio de uma imprensa livre, internet sem restrições e outros mecanismos abertos para informar o público e facilitar a luta contra a corrupção.

Às comunidades devem ser dados os meios para responsabilizar líderes e instituições por suas ações entre as eleições, assim como a empresas multinacionais que lucram com operações em seus países. Devem ser desenvolvidas formas de engajar o setor privado na luta contra a corrupção.

O empoderamento da sociedade civil no monitoramento da distribuição de ajuda internacional e na extração de recursos naturais é um elemento-chave.

Mais ações devem ser adotadas para tratar dos efeitos da corrupção que atingem as gerações mais jovens e mulheres, uma vez que são aqueles desproporcionalmente afetados por ela.

Sigilo no mundo financeiro significa trilhões perdidos em países em desenvolvimento. De maneira a restaurar a confiança, a transparência e a accountability devem estar enraizadas no sistema financeiro.

No campo dos esportes, fãs, patrocinadores, jogadores e atletas necessitam ter poder sobre as instituições que comandam os esportes. Estas instituições devem ser encorajadas a liderar pelo exemplo, adotando princípios básicos de integridade.

"Não à impunidade"

Ao nos reunirmos nesta semana para discutir os assuntos que preocupam a todos nós – política, economia, desenvolvimento, esportes, mudanças climáticas e o comércio de armas -, torna-se claro que todos enfrentamos um desafio comum em nossos trabalhos: a impunidade daqueles que abusam de suas posições de poder.

Se a impunidade não for eliminada, corremos o risco de dissolver a própria estrutura da sociedade e do Estado de Direito, nossa confiança na política e nossa esperança na justiça social.

Ativistas, empresários, políticos, servidores públicos, jornalistas, acadêmicos, jovens e cidadãos reunidos aqui em Brasília para discutir a ameaça da corrupção demonstram claramente que a impunidade mina a integridade em qualquer lugar.

Precisamos dar às pessoas uma razão para acreditar que a impunidade será eliminada, seja por meio de investimentos em ações coletivas e recursos na luta contra a pobreza, contra violações de direitos humanos, mudanças climáticas ou em resgatar dívidas de países.

De maneira a avançar nesses esforços, a comunidade internacional deve promover cada vez mais o engajamento das pessoas e encontrar caminhos que garantam mais segurança a ativistas engajados na luta contra a corrupção.

A redução da impunidade também requer Judiciários independentes e bem equipados, que respondam por suas ações perante a sua sociedade.

Conclamamos os governantes de todo o mundo a adotar a transparência como uma verdadeira cultura de transparência que garanta a participação social e a responsabilização de governantes por suas ações.

Conclamamos o movimento contra a corrupção a apoiar e a proteger ativistas, denunciantes de boa-fé e jornalistas que denunciem casos de corrupção, geralmente sob grave risco.

Cabe a cada um de nós nos governos, no setor privado e na sociedade adotar a transparência, de maneira a garantir a total participação de todas as pessoas, reunindo todos em volta de uma mensagem clara: estamos monitorando todos aqueles que agem na certeza da impunidade e não deixaremos que sejam bem-sucedidos.

15ª IACC, 10 de novembro de 2012.

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AMARRIBO Brasil comemora resultados da 15ª Conferência Internacional Anticorrupção (IACC)

Jorge Hage Sobrinho, ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), e Jorge Sanchez, presidente do Conselho de Administração da Amarribo Brasil, entidade escolhida pela Transparência Internacional para organizar, em parceria com a CGU, e apoio do Instituto Ethos, a 15ª edição da Conferência Internacional Anticorrupção (IACC), comemoraram o resultado do evento na tarde deste sábado, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF): 1,9 mil participantes, de 140 países, em quatro dias de realização.

“O Brasil, o Governo brasileiro, liderado pela Presidenta Dilma Rousseff, ficou muito honrado e feliz por ter sido o anfitrião deste grande encontro. Entretanto, devemos ter claro que este foi apenas um capítulo, uma etapa, ou, mais precisamente, uma batalha, dentro de uma guerra, pois é numa guerra que estamos todos envolvidos ao enfrentar a corrupção – e essa guerra continua”, declarou o ministro.

Hage destacou ainda a ênfase na luta contra a impunidade, que acabou por se revelar um dos destaques desta conferência. “Como procurei ressaltar na plenária específica sobre esse tema, sou defensor da tese de que, quem quer combater a impunidade, não pode acomodar-se na posição de apenas criticar ou lamentar a ausência de boas leis prevendo fortes sanções, ou as deficiências do Poder Judiciário para aplicá-las com rigor e rapidez – sejam elas decorrentes da falta de independência, da corrupção dos próprios julgadores, como ocorre em alguns países, ou, como é o caso do Brasil, dos excessos de apelos e recursos protelatórios, que resultam em enorme morosidade da Justiça”, completou.

Indicativo positivo

Jorge Sanchez, presidente do Conselho Administrativo da Amarribo Brasil, declarou que a participação de um número muito maior de pessoas – estavam previstos 1,5 mil participantes – é um indicativo de que existe um grande interesse da sociedade no tema combate à corrupção. “Observamos, nesta conferência, as boas iniciativas vindas do mundo inteiro, entre membros da sociedade civil, setores público e privado, organizações internacionais, acadêmicos e ONGs. Todos os painéis foram de alta qualidade e ricos em trocas de experiências e eles abrem novos horizontes no que diz respeito à motivação e capacitação das pessoas. Isso porque quem esteve aqui vai replicar tudo o que aprendeu e viveu”, disse. “Um evento como este, no Brasil, traz a esperança de uma maior mobilização da sociedade civil no que diz respeito à fiscalização de órgãos da administração e também do setor privado. Acreditamos numa maior participação dos vários setores da sociedade no combate à corrupção”, finalizou.

Luta contra a impunidade

A necessidade de lutar contra a impunidade foi enfatizada na sessão de encerramento da 15ª IACC, que apelou para a promoção de uma cultura de transparência, com uma sociedade participativa.

Com o tema Mobilizando Pessoas: Conectando Agentes de Mudança, a conferência explorou os cinco principais desafios globais: o fim da impunidade; governança limpa, evitando fluxos financeiros ilícitos; transições políticas levando a governos estáveis ??e transparentes; e esportes limpos.

Mais de 50 sessões abordaram novas formas de conectar cidadãos para manter os líderes de ambos os setores público e privado alertas, com especial ênfase para o uso de novas tecnologias, mídia social, bem como o apoio às novas gerações.

“Os últimos dias de debates intensos espalharam entusiasmo pelo combate à corrupção e renovou nossa determinação para acabar com a impunidade que ajuda e estimula corrupção em todos os setores de governo e de negócios”, disse Barry O´Keefe, presidente do Conselho da Conferência Internacional Anticorrupção (IACC).

Presenças marcantes

Participaram da 15ª IACC a Presidenta do Brasil, Dilma Rousseff; os ministros Jorge Hage Sobrinho, da Controladoria-Geral da União (CGU); Antonio Patriota, das Relações Exteriores; Izabella Teixeira, do Meio Ambiente; e José Eduardo Martins Cardozo, da Justiça. Dentre os oradores, estiveram presentes a Prêmio Nobel da Paz Tawakkol Karman; Richard Goldstone, Baltasar Garzón e Misha Glenny, entre outros.

O Conselho da IACC expressou apreciação sincera ao Senegal e aos seus esforços para combater a corrupção e também o interesse do país em sediar a IACC no futuro. A 16ª IACC será realizada na Tunísia, em 2014 – o vice-primeiro-ministro Taoufik Mjaied participou da conferência.

15ª IACC

A 15ª IACC foi promovida pela Transparência Internacional (TI), organização não-governamental dedicada ao combate à corrupção em todo mundo, e organizada pela Amarribo Brasil (representante da TI no Brasil) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), com o apoio do Instituto Ethos. Nesta edição, que teve o Brasil como país-sede, reuniu autoridades, sociedade civil e os setores público e privado para discutir boas práticas, compartilhar experiências e traçar estratégias comuns para o desenvolvimento de medidas de prevenção e combate à corrupção.

A Conferência Internacional Anticorrupção (IACC) é realizada a cada dois anos em um país escolhido pela organização do evento e busca promover a cooperação internacional entre as organizações internacionais que atuam no combate à corrupção e cidadãos de todas as regiões do planeta. A IACC tem como objetivo apoiar, capacitar e envolver as pessoas de todos os setores e países para lutarem contra a corrupção.

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Jurista Baltazar Garzón diz que sigilo bancário em momento de crise mundial é uma vergonha

No último dia da conferência internacional de combate a corrupção, realizada em Brasília, advogado espanhol defende também a atuação dos jornalistas investigativos

Brasília, 10 de novembro de 2012 – Na plenária "O poder das pessoas, transições e corrupção: Qual é o nosso papel?", realizada no último dia da 15ª Conferência Internacional Anticorrupção, em Brasília, o jurista espanhol Baltasar Garzón destacou que os paraísos fiscais são grandes entraves para o combate à corrupção. "Não podemos aceitar que, depois de dez anos estudando esse problema, a União Européia ainda não tenha tomado uma decisão". Sobre a divulgação ilegal de dados bancários de pessoas suspeitas de corrupção, o jurista espanhol declarou que "defender o sigilo bancário em um momento de crise mundial é uma vergonha".

Para Garzón, responsável pela prisão do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, um problema que afeta todo o mundo não pode ficar restrito apenas às leis de cada país e que um acordo internacional sobre o tema é imprescindível. O jurista, que é também advogado do fundador do site Wikileaks, Julian Assange, acredita também na importância da imprensa livre para a democracia. "Devemos defender os jornalistas investigativos contra as as ameças sistemáticas que eles recebem", afirmou.

SAÚDE – Em outra palestra, realizada também no período da manhã, com o tema "Mobilização Social e Sistemas de Informação", o presidente do Conselho Administrativo da AMARRIBO BRASIL, Jorge Sanchez, relatou que o desvio de verbas públicas afeta toda a população brasileira e um dos setores mais críticos é a área da saúde. Para mudar esse cenário, é fundamental "contar com a participação efetiva dos moradores para fortalecer a democracia". Sanchez ressaltou também que os esforços estão surtindo efeito e, como exemplo, citou a implantação das recentes leis de Acesso à Informação Pública e Ficha Limpa.

Durante o debate foi apresentado o projeto inédito "Caravana da Cidadania". O auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), Henrique Ziller – que também preside o Instituto de Fiscalização e Controle (IFC) –, lidera o programa, cujo objetivo é identificar os problemas nos postos de saúde a partir da ajuda de moradores e de informações nos bancos de dados. A execução da auditoria é feita em dois dias, sendo que o primeiro é destinado ao treinamento sobre as normas do serviço público e, o segundo, a um levantamento dos problemas encontrados em um relatório que serve como base para cobrar a Secretaria Municipal da Saúde.

TRANSPORTE PÚBLICO – O complexo esquema de fraudes está presente também em outros países. A coordenadora da Área do Governo da Argentina e Transparência, María Rosario Pavese, destacou que a precariedade e a insegurança nos transportes públicos é um dos graves problemas que preocupa a população daquele país. Ela relatou um acidente de trem que matou neste ano 51 pessoas e atribuiu o fato ao desvio de dinheiro público.

Ao final do encontro, os palestrantes reconheceram que o assunto está mais presente no cotidiano e que um dos grandes desafios é integrar mais pessoas às ONGs que trabalham no combate à corrupção, pois a democracia só será plena quando houver a participação em massa da população para fiscalizar e denunciar as fraudes.

EVENTO – A 15ª Conferência Internacional Anticorrupção (IACC) termina hoje, sábado (10), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A IACC acontece a cada dois anos e reúne líderes, acadêmicos e ativistas do mundo todo. Este ano, o Brasil foi escolhido o país-sede da conferência.

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Pessoa Física X Corrupção Pública

Iniciativas populares espalhadas pelo País lutam para fiscalizar governos municipais, denunciar prefeitos corruptos e aproximar o debate concentrado em Brasília da população que mais necessita de ações contra os escândalos políticos.

Muitas vezes o combate à corrupção não aparece apenas nas salas dos órgãos de controle oficial, como o Ministério Público, a Controladoria-Geral da União, o Tribunal de Contas ou a Polícia Federal. Aliás, é bem longe dessas salas,em cidades diminutas que muitos não sabem nem apontar no mapa, que pessoas comuns, munidas de um engajamento pouco comum, estão mudando a maneira de lidar com a corrupção–aproximando,assim, o debate concentrado em Brasília da população que mais necessita de ações contra os escândalos políticos. Veja aqui a matéria completa.

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Ministro da Justiça participa de debate sobre lavagem de dinheiro em conferência internacional realizada em Brasília

José Eduardo Cardozo lamenta que ainda somos lentos quando se fala
de recuperação de ativos desviados ilicitamente.
Brasília, 9 de novembro de 2012 – “Dinheiro Sujo: Um futuro roubado. Como restaurar a confiança das pessoas?”. Esse foi um dos temas discutido no terceiro dia da 15ª Conferencia Internacional Anticorrupcao (IACC), evento que acontece em Brasília e teve a participação do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e de lideranças internacionais que combatem a corrupção em todo o mundo.

Durante o debate, o ministro disse que o Brasil tem feito muitos avanços no combate a corrupção no que se refere a contas em paraísos fiscais, contas de laranjas, empresas de fachada, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, entre outros. “Para enfrentar o crime organizado, que esta cada vez mais sofisticado, realizamos um trabalho de cooperação com órgãos internos e de instituições internacionais. E essa atuação conjunta tem trazido resultados exitosos”, declarou. Mas avaliou que o esforço ainda não é o suficiente. “Nos últimos dois anos, o governo conseguiu recuperar R$ 20 milhões e, embora o valor seja dez vezes maior do que o valor resgatado, até então, ainda é muito baixo. Nós ainda estamos muito lentos quando se fala de recuperação de ativos desviados ilicitamente”.

Cardozo lembrou também a criação, em 2003, da “Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro – Enccla”, uma iniciativa que une setores diversos como a Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Federal (PF), o Ministério da Justiça, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o Banco Central, o Judiciário, entre outros, para criar estratégias comuns de combate às práticas criminosas. Ele elencou ainda a capacitação de 12 mil agentes e a criação de uma laboratório de tecnologia.

Raymond Baker, diretor da Integridade Financeira Global e um dos participantes do debate, compartilha da mesma opinião do ministro que o combate à corrupção é um trabalho de mão dupla. “É preciso cooperar e ter transparências nas relações entre os países emergentes e os desenvolvidos para saber quem são os verdadeiros donos de contas e empresas”.

EVENTO – A 15ª Conferência Internacional Anticorrupção (IACC) acontece até sábado, dia 10, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A IACC acontece a cada dois anos e reúne líderes, acadêmicos e ativistas do mundo todo. Este ano, o Brasil foi escolhido o país-sede da conferência.

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Conferência internacional ocorre ao mesmo tempo em que STF retoma a dosimetria das penas do mensalão.

Em pleno julgamento do mensalão, Brasília recebe a 15ª Conferência Internacional Anticorrupção (IACC, sigla em inglês).
O evento reúne agentes públicos, representantes da sociedade civil e empresas privadas de 135 países para compartilhar
experiências de combate à corrupção. “A corrupção é uma praga. Esse é um problema que precisamos trabalhar juntos para
combater de forma sustentável”, salientou a presidente da Transparência Internacional, Huguette Labelle.

Para o ministro da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage Sobrinho, o próprio julgamento do mensalão mostra que
mudanças estão ocorrendo. Apesar dos sete anos desde o início da Ação Penal 470, ele enfatiza que o processo foi rápido,
já que está ocorrendo em apenas uma instância, devido ao foro privilegiado de alguns acusados. “É um tempo recorde,
que mostra a independência do Judiciário. Não há precedentes para isso”, considerou ele, que, no entanto, assumiu que
ainda não é possível prever como isso afetará o comportamento dos políticos e de juízes de diferentes estâncias.

De acordo com Hage, uma das questões que o Brasil precisa resolver é a série de apelações e recursos que acabam
“eternizando os processos”. “Conversando com colegas de outros países, percebo que todos ficam impressionados com as
diversas possibilidades de apelação. Esse é um entrave terrível no combate à corrupção”, destacou.

Para o presidente do Conselho Administrativo da TI, Barry O’Keefe, é preciso fortalecer as instituições reguladoras
que denunciam as infrações e apontam para a punição. “A transparência no governo é fundamental, mas também é preciso
que as pessoas fiscalizem o poder público. Estamos aqui para melhorar a forma de divulgação dessas informações
públicas, porque quanto mais informações a população tiver, mais elas poderão fiscalizar o poder público”, frisou.

A Lei de Acesso à Informação do Brasil foi bastante elogiada por representantes internacionais, que enfatizaram que é
preciso formularam estratégias práticas para mudanças. “O que buscamos é unir esforços com cada vez mais clareza nas
informações, uma sociedade que fiscaliza e se mantém informada sobre os gastos públicos e agências que regulem as
ações”, ressaltou Barry O’Keefe.

A conferência é promovida pela Transparência Internacional (TI), organização não-governamental dedicada ao combate à
corrupção em todo mundo, e organizada pela Amarribo Brasil (representante da TI no Brasil) e pela Controladoria-Geral
da União (CGU), com o apoio do Instituto Ethos.

Ata sábado (10), serão discutidos temas ligados ao combate à corrupção em diversos setores, como em eventos esportivos
e futebol, sustentabilidade e meio ambiente, política, transição de governos, educação, agenda empresarial, saúde,
comunicação e mídias sociais, além da importância da mobilização popular e da ação coletiva.

“Os participantes farão importantes debates sobre boas práticas, compartilharão experiências e traçarão estratégias
comuns para o desenvolvimento de práticas de prevenção e combate à corrupção no Brasil e no mundo”, explicou o
presidente da Amarribo Brasil, Leo Torresan.

Fonte: Leia Já

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Festival de música gratuito encerra 15ª IACC

As primeiras 300 pessoas inscritas poderão acompanhar os três shows do concurso “Fair Play –Vozes contra a corrupção”.
A 15ª edição da Conferência Internacional Anticorrupção (IACC) termina neste sábado (10), em
Brasília (DF), com a apresentação das três bandas vencedoras do “Fair Play – Vozes contra a
corrupção”. O show será gratuito para as primeiras 300 pessoas que se inscreverem pelo site
http://bit.ly/15IACC.

Em sua 3ª edição, o Fair Play premiou as três bandas de todo o mundo que inscreveram as
melhores canções originais com referência ao combate. Neste ano, os vencedores que tocarão
no evento são Youssra El Hawary (Egito), Simponi (Indonésia) e S3 (República Democrática
do Congo). O Fair Play acontece no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, a partir das 19
horas.

Sobre a 15ª Conferência Internacional Anticorrupção (IACC).
A IACC é o principal fórum mundial que reúne chefes de estado, sociedade civil e os setores
público e privado para enfrentar os desafios, cada vez mais sofisticados , causados pela
corrupção. É realizada a cada dois anos em uma região diferente do mundo e em, em 2012, o
Brasil foi escolhido para sediar o evento. A 15ª IACC é organizada pela Controladoria-Geral da
União (CGU), em parceria com a Amarribo Brasil, a Transparência Internacional e o Instituto
Ethos de Empresas e Responsabilidade Social.

Mais informações
https://www.amarribo.org.br
http://twitter.com/amarribo
http://www.facebook.com/AMARRIBOBRASIL
http://www.youtube.com/amarribobrasil

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Representantes de diversos países debatem, em Brasília, iniciativas de combate à corrupção nos negócios e educação

Conferência Internacional Anticorrupção tem 1,6 mil inscritos, de 130 países, e vai até sábado, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

Brasília, 8 de novembro de 2012 – O segundo dia da 15ª Conferência Internacional Anticorrupção (IACC), evento que acontece até sábado, dia 10, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, trouxe à luz discussões que permeiam o combate à corrupção no universo dos negócios, esporte, educação, entre outros. A IACC acontece a cada dois anos e reúne líderes, acadêmicos e ativistas do mundo todo. Este ano, o Brasil foi escolhido como país-sede.

Em um dos workshops do dia, que teve por tema “Ação coletiva – Fazendo a integridade funcionar nos negócios”, os participantes compartilharam experiências e ações bem-sucedidas, como a da Siemens. Segundo o diretor de Compliance, Wagner Giovanini, em 2009, a empresa implementou um programa de integridade, que atingiu efetivamente todos os funcionários da companhia, além de terceiros. “Como nossa cadeia de fornecedores é muito grande, estabelecemos um código de conduta e incluímos algumas cláusulas que eles devem acordar. E passamos a fazer um monitoramento para ver se as regras estão sendo realmente cumpridas”, disse.

LOBBY – Na palestra “Trazendo acordos a portas fechadas à luz: Como Transparência pode mudar práticas do Lobby?”, o representante da Casa Civil, Luiz Alberto dos Santos, afirmou que o assunto está em pauta desde o ano passado e tem se tornado cada vez mais presente na tentativa de regulamentar o exercício do lobby para buscar a transparência nas políticas públicas e no combate à corrupção.

Como exemplo de resultados positivos, Karen Shepherd, comissionária interina de Lobby no Canadá e responsável pela supervisão do cumprimento da Lei de Registro Lobistas e do Código de Conduta, explicou que a função do lobista, naquele país, é acompanhada de perto para observar se ele atende e defende o interesse público.

Na Europa, onde o trabalho dos lobistas é uma prática bastante comum, os profissionais fazem parte de uma organização que presta consultoria às empresas, a Epaca (European Public Affair`s Consultancies Association). Seu diretor, Karl Isoksson, comentou que o processo democrático age como um elo entre o mundo dos negócios e a sociedade civil. “Os profissionais estão comprometidos com a maneira honesta e responsável de executar as tarefas pertinentes”.

EDUCAÇÃO – A pesquisadora indiana Avani Kapur, uma das palestrantes do painel “Mobilizando pessoas para combater a corrupção na educação”, falou sobre a experiência do projeto Paisa, organizado por uma associação independente que une pais de alunos, estudantes, além de qualquer outro interessado, para auditar os gastos públicos em educação na Índia. “Coletamos dados sobre os investimentos do governo e transformamos em relatórios para que todos possam acompanhar o andamento de obras, gastos em materiais didáticos e todo o resto que envolve o sistema educacional”.

Avani lembra ainda que a população deve, além de coletar, entender os dados. Para isso, cursos básicos sobre gastos públicos são oferecidos para os envolvidos no projeto. Segundo a palestrante, “muitas vezes as escolas se planejam para realizar uma obra, contando com o orçamento previsto para aquela localidade e depois têm de retroceder porque o governo atrasa ou cancela ou envio destas verbas”. A pesquisadora lamentou que o planejamento do governo indiano seja ruim e o fato de as escolas nunca saberem quando a verba vai chegar.

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